Reforma da Previdência que prejudica os trabalhadores, premia Guedes com medalha do Exército por ter mantido benefícios aos militares

O ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu nesta quarta-feira (25), a Medalha do Pacificador como uma deferência por conta da aprovação do projeto de reestruturação da carreiras dos militares.
Assim como outras autoridades, Guedes estava na cerimônia do Dia do Soldado no Quartel-General em Brasília e foi agraciado com a honraria.
Conforme da definição do Exército, a partir de 1955, a Medalha do Pacificador "transformou-se em honraria a ser conferida a militares e civis, brasileiros ou estrangeiros, que tivessem prestado assinalados serviços ao Exército, elevando o prestígio da Instituição ou desenvolvendo as relações de amizade entre o Exército Brasileiro e os de outras nações".
É neste trecho, segundo fontes militares, que Guedes se encaixa para ter recebido a honraria.
Segundo fontes do Exército, o ministro tem uma excelente relação com as Forças Armadas e, na avaliação deles, fez um grande esforço para conseguir aprovar o projeto de reestruturação das carreiras.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2019, a proposta da reestruturação da carreira militar tem vantagens em relação à reforma dos trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos. Os militares receberão salário integral ao se aposentar, não terão idade mínima obrigatória e vão pagar contribuição de 10,5% (iniciativa privada paga de 7,5% a 11,68% ao INSS).
Além da questão da reestruturação, segundo militares ouvidos pela coluna, o ministro da Economia tem mantido um canal de diálogo e com as Forças Armadas, em especial com o Exército, e inclusive dá liberdade para que seja procurado em questões orçamentárias e de projetos estratégicos.
"Ele tem a deferência e a consideração do Exército", diz o comunicado do Exército.
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