Como inflação alta corroi renda dos aposentados



A inflação impacta significativamente a vida dos aposentados, que frequentemente dependem da renda previdenciária para suas necessidades básicas. Os efeitos da inflação podem ser particularmente doloroso para os segurados que recebem acima do salário mínimo, uma vez que esse grupo não é protegido por nenhum aumento real do seu poder aquisitivo.  Além do mais, o elevado custo de vida pode se tornar bastante perverso aos aposentados e pensionistas, se considerarmos:

• Poder de compra reduzido: a inflação corrói o poder de compra, o que significa que os aposentados podem comprar menos bens e serviços com a mesma quantia de dinheiro.
• Aumento dos custos de saúde: os aposentados geralmente têm maiores necessidades de saúde, e os custos médicos tendem a aumentar com a inflação, o que pode sobrecarregar seus orçamentos, uma vez que o atendimento via SUS tem se mostrado incapaz de atender a alta demanda da população.
• Dificuldade em acompanhar os aumentos de preços: embora os benefícios da Previdência Social sejam ajustados pela inflação, esses ajustes podem não acompanhar totalmente o aumento dos preços, especialmente para itens essenciais como alimentos e medicamentos, considerando a falta de aumento real para aqueles que recebem aposentadorias e pensões acima do salário mínimo.
• Vulnerabilidade financeira: muitos aposentados e pensionistas têm economias limitadas, o que os torna mais vulneráveis aos efeitos nefastos da inflação.

Reajustes e índices:

• Os benefícios da Previdência Social no Brasil são reajustados anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda, sem nenhum ganho real para os benefícios acima do salário mínimo.
• O reajuste do salário mínimo também impacta os aposentados que recebem o piso previdenciário, já que para a maioria dos que recebem essa quantia, o valor se mostra insuficientes para cobrir as altas demandas decorrentes da idade.

Estratégias para lidar com a inflação:

• Planejamento financeiro: é fundamental que os aposentados planejem seus gastos e busquem formas de economizar.
• Investimentos: os aposentados que tem renda extra ou que acumularam patrimônio ao longo da vida
, podem optar por investir em ativos que ofereçam proteção contra a inflação, como aluguéis de imóveis e títulos indexados à inflação.
• Busca por benefícios: é importante que os aposentados conheçam seus direitos e busquem benefícios adicionais, como descontos em medicamentos, transporte gratuito, IPTU e programas de assistência social municipais, estaduais e federal.

Em todos os casos, os efeitos da inflação sobre o poder aquisitivo dos aposentados e pensionistas, se torna ainda mais desafiador por falta de sindicatos e associações fortes, que possam lutar pela proteção daqueles que trabalharam a vida inteira, como também uma bancada robusta no Congresso Nacional que represente essa parte significativa dos brasileiros, que hoje somam 25% do total do eleitorado no país.

SEGUIR》TWITTER - INSTAGRAM - TIKTOK

Comentários

MAIS LIDAS:

A saúde pública no Brasil precisa sair da UTI e cumprir com seus reais objetivos

Com fraudes e filas, INSS continua tratando segurados com descaso e humilhação

Entidades acusadas de cobranças indevidas aos segurados do INSS, repassaram R$ 10 milhões para corretora de seguros

Modalidade com garantia simplificada, o e-consignado pode facilitar e baratear o crédito popular no Brasil

Defasagem em aposentadorias acima do mínimo empobrece segurados do INSS

ANS lança proposta para Planos de Saúde por até R$ 100 reais

Após reclamação de segurados, INSS antecipa pagamento de aposentadorias

Previdência aumenta prazo do consignado do INSS para 96 meses

No dia Mundial da Diabetes, saiba como tratar a doença que afeta 16 milhões de brasileiros

Associação investigada por descontos irregulares faz festa com a presença do Diretor do INSS