ANS lança proposta para Planos de Saúde por até R$ 100 reais



Com os Planos de Saúde tradicionais cada vez mais caros e inacessíveis à maioria dos brasileiros, e o SUS municipal, estadual e federal, literalmente na UTI, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) formalizou a proposta de criação de Planos de Saúde mais baratos, que incluem apenas consultas e exames, sem a cobertura de atendimento em prontos-socorros, internações, cirurgias e terapias (para casos de oncologia, autismo e diálise, por exemplo).

Na oportunidade, a ANS está realizando uma consulta pública sobre o tema, para o período de 18/2 a 4/4, e uma audiência pública, em 25/2. Se a proposta for aprovada, o novo produto deve passar por um período de teste de dois anos, num “ambiente regulatório experimental” (“sandbox”, no jargão).

A proposta visa ampliar o acesso à saúde suplementar para a população que atualmente não possui plano de saúde, mas utiliza serviços de clínicas populares e cartões de desconto, como também oferecer às operadoras de plano de saúde, uma oportunidade com segurança jurídica de lancar novos produtos destinados aos potenciais clientes de baixa renda, absorvendo esse público e aproveitando melhor a sua atual capacidade ociosa, devido à perda de usuários.

Principais características da proposta:

• Mensalidade acessível: A proposta prevê mensalidades de até R$ 100, tornando o plano mais acessível para a população de baixa renda.
• Cobertura: O plano cobrirá consultas eletivas em diversas especialidades médicas e exames, incluindo tomografias, ressonâncias, ultrassonografias e biópsias.
• Exclusões: O plano não cobrirá internações, atendimentos de urgência e emergência, e terapias.
• Público-alvo: O plano é voltado para pessoas que não possuem plano de saúde, mas que utilizam serviços de clínicas populares e cartões de desconto.
• Regime experimental: A proposta será testada por dois anos em um regime experimental, conhecido como "sandbox regulatório".
• Contratação: O tipo de contratação previsto é o coletivo por adesão, com regras flexíveis, podendo ser adquirido tanto por pessoas jurídicas quanto físicas.
• Coparticipação: As operadoras poderão adotar coparticipação de até 30%.
• Bônus: As operadoras deverão oferecer bônus aos beneficiários que permanecerem no plano após o período experimental.

Objetivos da proposta:

• Ampliar o acesso à saúde suplementar para a população de baixa renda.
• Oferecer uma alternativa regulamentada aos serviços de clínicas populares e cartões de desconto.
• Desafogar o Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo que os pacientes cheguem ao sistema público com exames e diagnósticos já realizados.

Consulta pública:

A proposta está em consulta pública até o dia 4 de abril, para que a população e os interessados possam enviar suas contribuições e sugestões.

Onde encontrar mais informações:

• Site da ANS: https://www.gov.br/ans/pt-br

É importante ressaltar que a proposta ainda está em fase de discussão e pode sofrer alterações antes de ser implementada.


SEGUIR》TWITTER - INSTAGRAM - TIKTOK

Comentários

MAIS LIDAS:

A saúde pública no Brasil precisa sair da UTI e cumprir com seus reais objetivos

Com fraudes e filas, INSS continua tratando segurados com descaso e humilhação

Entidades acusadas de cobranças indevidas aos segurados do INSS, repassaram R$ 10 milhões para corretora de seguros

Modalidade com garantia simplificada, o e-consignado pode facilitar e baratear o crédito popular no Brasil

Defasagem em aposentadorias acima do mínimo empobrece segurados do INSS

Após reclamação de segurados, INSS antecipa pagamento de aposentadorias

Previdência aumenta prazo do consignado do INSS para 96 meses

No dia Mundial da Diabetes, saiba como tratar a doença que afeta 16 milhões de brasileiros

Associação investigada por descontos irregulares faz festa com a presença do Diretor do INSS